identidade visual

O Manual de Identidade Visual é necessário?

Você decide montar o seu negócio e ao buscar por designers, se depara com um termo novo: O Manual de Identidade Visual. Parece uma mera formalidade, que pode até parecer bobeira de início. Mas entenda, a identidade visual é muito importante para a sua marca e eu vou te mostrar o porquê.

Qual a importância de possuir um Manual para sua Marca

Um Manual de Identidade Visual, seja para um projeto ou para uma marca, é o primeiro passo para dar início às criações. Como já diz no nome, para qualquer criação é necessária uma identidade para que tudo siga um padrão. Até mesmo marcas que não seguem apenas um padrão, têm um padrão.

Logo da Oi, aplicado em diferentes formas. Recentemente a Identidade da empresa adaptou um conceito visual novo, em que o logo é utilizado em formatos orgânicos, cada formato possui um complemento de cores que combinam.

Tornar sua marca reconhecida no mercado é uma tarefa difícil, e se torna ainda mais complicada se sua empresa não seguir uma linha estética. Temos como exemplo o banco Itaú, que apesar de seu logo ter as cores azul e amarelo, a cor em destaque de suas ações e elementos visuais é o laranja. Além disso, o banco possui uma tipografia utilizada em tudo, que foi escolhida para atender o seu público de forma legível e objetiva. Tudo isso foi resultado de um longo estudo para compor o Manual de Identidade Visual da marca, tornando assim a empresa reconhecida, não apenas por seu atendimento, mas por elementos que foram trabalhados por anos em campanhas. O Itaú é laranja, sim, aquele banco da cor laranja… o Itaú.

Itaú identidade visual
Imagem contendo à esquerda uma agência 30 horas do Itaú. No centro uma das recentes campanhas virais do banco, em que o tratamento da imagem é em tons alaranjados e os detalhes contém a cor laranja.

Quando sua marca tem uma identidade reconhecida, torna-se fácil até mesmo detectar fraudes. Não faz muito tempo que uma amiga comentou que recebeu em sua casa uma carta personalizada do banco dizendo que ela tinha um limite especial. A carta não seguia as cores padrão da empresa, tinha em títulos uma letra cursiva e pedia para entrar em contato com seus dados do cartão. Veja bem, baixar uma logo no google é uma tarefa simples, fica fácil tentar parecer oficial. Mas foi o incômodo no layout da carta que a fez questionar sua veracidade e entrar em contato com o banco. Quando você segue um padrão, até mesmo a credibilidade aumenta para o cliente.

As aplicações precisam de regras.

Mas Andressa, um Manual possui apenas desenho do logo, cor e tipografia?

A resposta é NÃO! Quando se desenha um logo seguindo estudos sérios, você estuda a legibilidade para tal. Isso significa que o Designer está sendo responsável por todas as aplicações futuras. Então é necessário responder perguntas como:

  • Até que tamanho se pode reduzir o desenho do logo, ficará legível em pequenos materiais?
  • Caso haja símbolos e letras, estarão em um tamanho ou grossura eficiente caso o cliente queira produzir peças com bordados ou etiquetas em uniformes?
  • Os símbolos podem ser interpretados de alguma forma ofensiva?
  • As cores trazem resultados satisfatórios para o segmento da empresa?
  • As cores podem ser trabalhadas em diferentes materiais como papelaria, online, têxtil ou qualquer outro material?
  • As fontes tipográficas e elementos visuais combinam com o logo e seus formatos?
  • De acordo com o público alvo, os estudos atendem suas necessidades e comunicam de forma efetiva?
  • A composição criada pode ser interpretada de forma fácil, criando um ruído para o público lembrar da marca de maneira positiva?
  • Pessoas de mais idade, conseguem enxergar de maneira simples a comunicação?
  • Haverá destaque entre os concorrentes ou as cores e elementos são similares, o público pode se confundir?

Existem muitos outros questionamentos que devem haver em um Manual de Identidade Visual, e quando as respostas são positivas a comunicação fica excelente entre marca e consumidor.

Eu posso pular essa etapa?

Pular essa etapa significa ignorar todo o estudo da sua marca. Inevitavelmente esse trabalho será feito durante as criações das artes e peças para campanhas, mas ao pular esse processo você estará abrindo mão da criação do que vai ser contato direto com o seu público. Seria como colocar na entrada de uma loja um pano de chão como um tapete. Ele cumpre seu papel, mas não é um capacho personalizado que vai trazer uma melhor experiência para o seu cliente, agregando no resultado da compra. Afinal, a loja vizinha tem até perfume agradável e poltronas que combinam.

Lembre-se, a sua marca precisa ser lembrada. 🙂